Deixa-me chegar de mansinho
e aninhar-me assim no teu calor
ser todo teu, teu amado gatinho
em chamas e chamegos de amor.
Deixa-me borrar os teus papéis
fazendo de presas potes de tintas
e mil piruetas com os teus pincéis
pintando o sete, antes que sintas.
Deixa-me morder de leve teu nariz
e agarrar teus lábios de uma vez
banhar-te do meu jeito, mais feliz
e enxugar com mão de gato tua tez
Deixa-me dormir nas dobras do lençol
da tua cama com cheiro de alecrim
e encostar-me nas costas, antes do sol
na manha que tu amanheças em mim.
Deixa-me viver contigo assim.
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