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Brincos de poesia

Se eu fosse desenhar uma joia

Faria um brinco para tua orelha

Que brincaria de capturar centelhas

Dos olhos que brilham quando te vê

Tal brinco chegaria a arder

Brilhando feito fogo em roselha

Para extrair, todavia, o vivo fulgor

Da calorosa e delicada menina

Não basta uma busca diamantina

Não farei um brinco

De pedras de garimpo

Mas do brilho lindo da tua retina

O peito de um homem queima

Enquanto busca pérolas no ar

E derrete o ouro no forno a faiscar

Reluz o peito ardente

Produz o tal pingente

Resplendente, com brilho estelar

Com todo o fogo, toda a queima

Teima em combater o adverso

E despreza rumores perversos

Com apreço, aprecia

Sem preço, o que cria

Poema do teu olor em versos

Pode ser que ninguém perceba

Quando estiveres andando na rua

Mas tua orelha nunca estará nua

Clareia a luz do tema

Geme a genal gema

Na audição, ecoa a poesia crua

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